Terapia Floral e Aromaterapia

Floral

          O uso das flores como forma de cura, não é uma ciência nova. O homem antigo sempre fez uso das plantas. A alopatia só surgiu no séc. XIX, portanto antes disso, os seres humanos sempre fizeram uso terapêutico do reino vegetal. É bem verdade que, com o advento da Inquisição, muitos trabalhos alteraram seu rumo. Estudiosos foram perseguidos e mortos por praticar "Bruxaria". Muito do conhecimento foi totalmente dizimado.

          Hoje, com uma abertura cada vez maior, com a queda da visão Cartesiana, onde o homem é visto por partes, vem sendo resgatadas prática antigas, mais naturais. Nasce uma visão Holística, que considera a etiologia da doença, não esquecendo que o homem é um ser biopsicosocial.

          Os florais em nossa forma moderna, foram usados pela primeira vez, nos anos 30, por Edward Bach. Médico Inglês, que depois de anos de pesquisa, descobriu que nossa saúde física dependia muito de nosso estado emocional. Bach se encantou pela Homeopatia, descobrindo mais tarde a enorme propriedade terapêutica das flores. Seu trabalho foi orientado e aprovado, para uma medicina que recupera a capacidade inata de cura do cliente.

          Atualmente é incontestável os resultados positivos da terapia floral. Tanto na área de saúde, quanto nas empresas, escolas e instituições de modo geral. Essas essências florais são capazes de equilibrar qualquer desorganização de energia, e portanto, prevenir e curar problemas físicos, psíquicos e até espirituais. Nas últimas décadas  surgiram um grande número de sistemas florais em muitos países, baseados nos estudos dos florais Ingleses, que foram batizados de florais de Bach. É difícil ter uma lista atualizada de todos os sistemas, já que se proliferam com enorme rapidez. Mas estão entre eles: os florais Californianos, do Deserto, Franceses, do Alaska, Australianos, do Pacífico, da Holanda, Perelandra, Pegasus, Havaí, Andinos, de Raff, Rain Forest, Himalaya, do Brasil, de Minas, de Gaia, de Agnes, de Saint Germain dentre  muitos outros.

          Todos os sistemas são válidos. Mas para nós, os sistemas brasileiros são mais eficazes e rápidos. Os florais de Minas por exemplo, o mais popular dentre os Brasileiros, atuam largamente  para solução dos mais diversos problemas: dificuldade de aprendizagem, depressão, fobias, bloqueios, obesidade, fortalecimento do sistema imunológico, etc...

          Procure um terapeuta floral de sua confiança e informe-se sobre o tratamento, que é muito eficaz e barato.

Aromaterapia

Os aromas são usados de forma terapêutica há mais de 6 mil anos, e de forma menos organizada, há mais tempo ainda.

O Egito foi o berço da medicina aromática, perfumaria e farmácia. Os egípcios praticavam a arte da massagem e eram especialistas em cuidados com a pele, sendo então os precursores da cosmetologia. Mercadores exportavam perfumes, óleos, unguentos, cremes e bebidas aromáticas para todo o Mediterrâneo e Arábias. No próprio embalsamento usavam-se óleos essenciais de plantas.

Porém com o advento do Cristianismo e a Inquisição, houve uma interrupção e um declínio em todas as formas de conhecimento antigo, tornando a arte do manuseio dos aromas como forma de tratar doenças e manipular estados de espíritos, altamente restrita. Alguns estudiosos dedicaram-se à  hermética Alquimia, onde as operações realizadas materialmente simbolizavam processos de transformações internas. A destilação era símbolo de purificação e concentração de forças espirituais. O produto final de várias destilações era puríssimo e poderosíssimo curativo. Assim era extraída a quintessência. Coma expansão da Alquimia aumentaram o número de substâncias tratadas para a extração das essências. E as quintessências eram a base dos remédios, combatendo por séculos diversas epidemias.

Com o progresso da Química, o uso dos óleos essenciais expandiu-se muito para a perfumaria e cosmética. E no século XIX então, começaram a reproduzi-los em laboratórios, num declínio de todas as fórmulas terapia vegetal. Não se pode negar o valor destas descobertas (como a penicilina, analgésicos e antibióticos), mas sabemos que abusos são cometidos causando terríveis efeitos colaterais. E é por isso que vemos ressurgir o interesse por produtos e tratamentos naturais.

O primeiro trabalho moderno sobre Aromaterapia foi desenvolvido por Gattefosse no início desse século. Ele fazia experiências com cosmetologia quando queimou a mão. Mergulhando-a num vasilhame que continha óleo de lavanda puro, pôde constatar a cicatrização em questão de horas. Fez, logo após, muitas experiências descobrindo que os óleos essenciais aceleravam a regeneração celular e eram ótimos agentes antiinfecciosos. Jean Valnet, médico francês, também fez experiências neste sentido comprovando excelentes resultados.

Mas a expansão da Aromaterapia se deu mesmo em 1964, coma republicação do livro de Valnet. Na França, esta é uma ciência altamente desenvolvida, praticada por médicos e terapeutas. No Brasil é ainda muito pouco conhecida, mas os profissionais que a usam já conseguiram excelentes resultados.

 

Os óleos essenciais são os “hormônios das plantas”, são eles que protegem-na de doenças e parasitas, ajudam-na em todo o seu desenvolvimento. Carregam informações de uma célula para outra desencadeando uma reação hormonal em situações de tensão. São agentes de adaptação ao meio ambiente.

Por sua composição química são capazes de inibir algumas funções metabólicas, como o crescimento e a multiplicação de germes e bactérias. Em nosso organismo, podem agir de forma alopática por suas propriedades físicas anti-sépticas, estimulantes e outras, e de forma mais sutil, mexendo em nossos corpos menos densos, na energia e nos estados emocionais e espirituais.

 

O Sistema Olfativo :

 

Existem trilhões de fragrâncias. O nariz humano é capaz de detectar uma boa parte delas, outra é detectada apenas a nível inconsciente. Isso porque muitos cheiros que podemos sentir não são decodificados em palavras, não existem nomes para eles. Tais cheiros nos afetam a nível sensorial, mas não sabemos disso, não temos essa consciência.

Os nervos olfativos são diretamente ligados ao sistema límbico, parte mais primitiva do cérebro que regula a atividade sensório-motora, que é responsável pelos impulsos de fome, sede e sexo. Sendo assim, o nariz é a porta de entrada para o cérebro, é através dele que são enviados sinais elétricos para a região do sistema límbico. A reação elétrica do cérebro ao cheiro afeta diretamente a parte emocional. O cheiro pode estimular a memória, mudar estados de espírito, atrair sexualmente, unir ou afastar pessoas, e há até quem faça diagnósticos por ele.

 

Métodos de Extração :

 

Pelas mãos : Junto com a enfleurage foi um dos primeiros métodos. As cascas eram espremidas (geralmente de frutas cítricas) até as glândulas se romperem. Daí, esponjas eram colocadas para a coleta e depois, levadas à recipientes. A extração por esse método é feita por máquinas atualmente.

Enfleurage : Mais usada para óleos a partir de flores. As flores eram colocadas em um canteiro de vidro coberto com gordura depurada; a gordura absorvia o óleo e como resultado obtinha-se uma espécie de pomada, que servia como ungüento ou para a feitura de perfumes. Hoje em dia, embora pouco usada, obedece ao seguinte esquema : Depois da obtenção da pomada, dissolvem-na no álcool. Como a gordura é insolúvel nele, uma vez aquecido, o álcool evapora e ficamos apenas com o óleo essencial.

Destilação à vapor : Modo de extração mais usado hoje em dia. Neste método, as plantas são colocadas num grande tanque cilíndrico, onde recebem o vapor de um outro tanque que contém água aquecida. O vapor faz evaporar os óleos das plantas, que são enviados em forma gasosa para uma serpentina refrigerada com água corrente, sendo o vapor condensado. A mistura de água condensada e óleo se separa naturalmente num recipiente natural.

Extração por solventes : Geralmente compromete a pureza do óleo, já que sempre encontra-se vestígios de solvente. As plantas são imersas no solvente (acetona ou outro) e a separação se realiza quimicamente pela destilação em temperaturas especiais, o que causa somente a condensação do óleo.

 

Maneiras de usar os óleos essenciais :

 

Por ingestão : No Brasil este método quase não é utilizado por se temer efeitos tóxicos. Na França é prescrito por médicos, geralmente em casos de infecções.

Em nebulizações (Inalação) : Bastante eficiente, recomendado principalmente para doenças relativas aos pulmões, coração, cérebro e sangue. Usa-se de 4 a 10 gotas.

Banhos : Usa-se de 10 a 25 gotas em água morna. Podem ter efeito estimulante, analgésico, calmante ou afrodisíaco.

Compressas : Muito usadas para problemas de pele, dores musculares ou nas juntas, mas podem servir para quase todos os males.

Ungüentos, cremes e pomadas : Funcionam como preciosos medicamentos; servem também nos cuidados com a pele. Creme : Ingredientes básicos : 30 gr de cera de abelhas, 110 gr de óleo vegetal, 55 gr de água destilada, 7 gr de óleo essencial. Derreta a cera numa panela, acrescente o óleo vegetal e a água lentamente, sempre mexendo. Depois, apague o fogo e acrescente o óleo essencial. Guarde em frascos de preferência escuros e bem fechados.

Óleos de massagem : É a maneira mais usada e que atende a todas às disfunções orgânicas. O óleo penetra nas células e cai na corrente, que leva-os aos órgãos internos. Para a confecção de um óleo massageador, deve-se escolher um óleo base, de acordo com a pele (abacate, amêndoas, semente de uva) e acrescentar para cada 50 ml, no máximo 30 gotas de óleo essencial. Pode-se misturar outros óleos essenciais, mas nunca mais que três. Não prepare mais que 100 ml por vez, pois pode oxidar.

Utilização do difusor : Usados em ambientes, são ótimos para efeitos calmantes, anti stress, afrodisíacos, estimulantes, analgésicos, para mudanças de humor e de estados de espírito.