Depressão, Ansiedade, Pânico,
Transtorno obsessivo compulsivo
A depressão é uma doença que compromete os sentimentos, pensamentos e o comportamento de uma pessoa. Traz alterações no humor, no apetite, no sono, na produtividade e em muitas outras funções do organismo. É preciso diferenciar uma depressão após uma perda, ou sentimento ocasional, que faz parte da vida de todas as pessoas da depressão doença, que não é a mesma coisa. A doença depressão geralmente é desproporcional ao fato ocorrido, é persistente e incapacitante. Pode durar, semanas, meses e até anos. Os sintomas mais comuns são: tristeza constante, perda de interesse e/ou abandono de atividades que antes até gostava, crises de choro, ansiedade, pessimismo, irritabilidade, insônia ou hipersonia, cansaço, perda da energia, dificuldade de concentração - de tomar decisões e de relembrar de fatos, negligência com a aparência – com a casa e com os relacionamentos, isolamento, culpa, total falta ou demasiada apetite, desinteresse por sexo e desejo de morte. Quanto mais grave o quadro, mais sintomas e mais intensos eles se apresentarão.
A depressão pode ter muitas causas, dentre elas: a história familiar (genética e /ou emocional), doenças que causam alterações hormonais, uso de determinados medicamentos - álcool ou drogas e doenças mentais. O stress constante ou uma perda importante podem desencadear a depressão também. As mulheres têm duas vezes mais propensão que os homens.
É muito difícil para uma pessoa com depressão sair dela sem ajuda alguma. É importante procurar por um profissional de saúde, médico/terapeuta de sua confiança para o diagnóstico e tratamento.
Tipos
de tratamento: através de medicamentos, de psicoterapia, e os dois
conjuntamente. Este último tem sido o mais eficiente. O tratamento evita que a
depressão se torne mais grave, ou crônica. Técnicas holísticas combinadas
com o uso de medicamentos e psicoterapia têm sido usadas com sucesso: como
florais, cromoterapia, shiatsu, acupuntura, aromaterapia, fitoterapia.
Ansiedade
A ansiedade é uma sensação que acompanha um sentido geral de perigo, ela nos adverte de que há algo há ser temido no futuro. Ao mesmo tempo, a ansiedade alimenta o planejamento de ações, buscando saídas, alternativas e ensaiando ações de enfrentamento ou fuga do perigo. Sua avaliação depende de sua proporcionalidade ao perigo que é apresentado e também em que grau provoca a paralisação da pessoa frente ao perigo. A boa ansiedade é proporcional às dificuldades, e promove o enfrentamento saudável. A má ansiedade é desproporcional à dificuldade e leva a fuga diante das dificuldades.
Estamos vivendo um tempo onde a quantidade e a rapidez com que ocorrem as transformações nos fazem temer por nossa estabilidade e integridade. Aliado a isso, a violência, a escassez de recursos, o pouco lazer, a má comunicação, a péssima qualidade de vida, nos tornam cada vez mais ansiosos. É como se precisássemos nos manter em alerta o tempo inteiro, antever o futuro, nos preocuparmos antecipadamente para nos proteger, não sermos pego de surpresa.
Há alguns sintomas que freqüentemente acompanham a ansiedade: inquietação, cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, transtornos do sono e da alimentação.
As terapias holísticas, nesse caso, são muito eficientes. Mas pode ser tratada também por medicamentos alopáticos.
Síndrome de Pânico
A síndrome de pânico é uma reação de medo extremo sem causa aparente. Geralmente vem associada a alguns sintomas: falta de ar, palpitações, dor no peito, sensação de sufocamento, tontura, formigamento, ondas de calor ou frio, medo da morte ou da perda de controle. É comum que as pessoas tenham medo dos locais onde a crise aconteceu, o que faz a pessoa se isolar mais e mais. Atualmente o tratamento mais indicado é o uso de medicamentos conjuntamente com a psicoterapia. Estes remédios atuam regulando as áreas cerebrais onde são desencadeadas as crises. A terapia ajuda principalmente a tratar o medo da aparição desses episódios, que desencadeiam novas crises de pânico.
As terapias mais usadas hoje têm base comportamental. O terapeuta, muitas vezes, vai com o cliente até o local onde ocorre a crise.Técnicas holísticas também auxiliam bastante, ajudando no controle do medo. O relaxamento, a respiração é fundamental. Durante uma crise, a pessoa respira superficialmente, mudando a química do sangue. O cérebro interpreta isso como uma situação de emergência, desencadeando o pânico.
Transtorno Obsessivo Compulsivo
O Transtorno obsessivo compulsivo se caracteriza por pensamentos ruminantes, fora do controle, difíceis de serem afastados com toda a força de vontade. A maneira que a pessoa encontra para diminuir a ansiedade causada por esses pensamentos é através de rituais, que acabam se tornando obrigatórios, compulsivos. Os tipos de pensamentos mais comuns são acerca de: pavor de sujeira, medo de se contaminar por germes e bactérias, vinganças, medo infundado de perdas, temor pela segurança, desafios como somar números de chapas de carro, dentre outros. Tais pensamentos geram muita ansiedade e acabam por fazer com que a psique encontre uma forma de afastar o perigo. Os rituais aparecem como mecanismo, que simbolicamente defende a pessoa. E podem ser tão fortes que muitas vezes impedem a pessoa de ter uma vida normal.
Rituais mais freqüentes: de limpeza - lavar
repetidamente as mãos, roupas, objetos de uso pessoal; de ordem - colocar
objetos de forma invariavelmente igual, seguindo um determinado padrão; de
checagem - verificar ou examinar repetidamente situações, como por exemplo, se
o gás está fechado, se a torneira está fechada, a porta trancada; de destino
- como ter que levantar sempre com o pé direito, entrar num elevador de
determinada maneira; de coleção - como juntar coisas sem uma finalidade, como
jornais velhos, tampas, etc.
Há quem acredite que a
causa é meramente biológica. Uma deficiência de um neurotransmissor, substância
química responsável pela comunicação entre as células nervosa, chamada
serotonina. Não compartilho desta idéia. Acredito que o emocional e o físico
sempre andam juntos. Somos um ser integral.
Este distúrbio em geral começa a se manifestar entre os 20 e 25 anos de idade, acometendo igualmente homens e mulheres. O tratamento mais indicado é o uso de medicamentos aliado à psicoterapia.