Ginástica cerebral

Um importante, se não o mais importante, órgão do corpo humano, responsável pela inteligência e pelos sucessos e insucessos pessoais e profissionais, é o cérebro, a estrutura mais complexa existente e o mais desafiante instrumento criado pela natureza. Tão importante que é o único órgão que tem uma “embalagem” rígida para sua proteção, que é o crânio. É ele que cuida não só da manutenção da nossa vida como, também, das nossas emoções, da capacidade de raciocinar mais claramente, da facilidade maior ou menor de encontrar soluções para as diversas situações enfrentadas, pelo desenvolvimento da criatividade, pela nossa inteligência e pela aprendizagem. Ao contrário dos demais órgãos, o cérebro é o único que pode melhorar seu desempenho com o passar do tempo, quanto mais for utilizado. Um cérebro que está sendo constantemente exigido, treinado, utilizado e desafiado, terá um desempenho cada vez melhor; independente da idade da pessoa.

O cérebro funciona através dos estímulos que recebe dos sentidos da audição, visão, olfato, tato, e paladar, que estão constantemente municiando-o de informações que captam do ambiente. Estas informações são recebidas e transformadas em descargas elétricas e transmitidas de neurônio para neurônio (as células do cérebro) através dos dendritos e sinapses (ligações cerebrais entre neurônios) para as diversas memórias que compõem nosso cérebro, onde ficam arquivadas aguardando o momento de serem utilizadas.

A inteligência é dada, principalmente, pela rapidez e pela presteza com que essas informações são resgatadas no arquivo cerebral onde estão arquivadas, são cruzadas com informações que vêem de outros arquivos, e colocadas à disposição da pessoa para as decisões necessárias.

Para que todo esse trabalho de resgate e cruzamento de informações aconteça com eficácia e rapidez, é preciso que o cérebro esteja com todos os seus “caminhos de informação” ou sinapses devidamente desimpedidos, ativos, em forma e prontos para serem utilizados. Só assim as informações arquivadas serão resgatadas no momento certo, no tempo necessário e circularão com rapidez, auxiliando nas decisões.

Daí a necessidade do cérebro ser constantemente exercitado para “abrir” os caminhos e aumentar as ligações, e isso pode ser feito através de exercícios e movimentos coordenados do corpo que, executados de maneira apropriada, acessam e estimulam partes específicas do cérebro, antes pouco utilizadas e desconectadas do conjunto cerebral.

Como o cérebro é dividido em duas partes chamadas hemisférios (direito e esquerdo), e como essas duas partes são responsáveis por atividades e controles diferentes no corpo, é necessário ativar e estimular esses hemisférios para que trabalhem simultânea e integralmente, oferecendo a possibilidade de utilização do cérebro de maneira total, em todo o seu potencial.

A GINÁSTICA CEREBRAL, desenvolvida a partir da década de 70 por uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia, coordenada por um médico indiano radicado nos Estados Unidos chamado Paul Denisson, que uniu a pesquisa científica de laboratório com alguns princípios de filosofias e técnicas orientais, como o tai chi chuan, acupuntura, yoga e outros, criando uma série de exercícios.

Executados diariamente, esses exercícios têm, entre outros objetivos, “dar a partida” ao cérebro de maneira que possamos aproveitar eficazmente todo o seu potencial, tornando-o mais alerta, mais claro na maneira de pensar, mais energético e mais positivo.

Os exercícios da GINÁSTICA CEREBRAL têm, como um dos seus méritos, o fato de serem de fácil assimilação e execução por qualquer pessoa de qualquer idade, sem necessidade de um acompanhamento técnico para sua realização, pois são todos exercícios físicos baseados em  movimentos naturais.

As vantagens da GINÁSTICA CEREBRAL são evidentes. Com o cérebro exercitado vivemos mais e melhor, evitando ou diminuindo os efeitos de alguns problemas característicos da velhice, como a perda de memória e a senilidade. Desenvolvemos, também, um entendimento melhor das coisas, despertamos a criatividade e aumentamos a capacidade de aprendizagem de raciocínio e de memória, utilizando todo o nosso potencial cerebral.

 

A ginástica cerebral permite:

. ativar as “zonas de silêncio” no cérebro (desenvolver a concentração e vivacidade mental)

.  fortalecer a comunicação entre os neurônios (facilitar a memorização e aprendizagem)

. combater o stress e a depressão (resgatar o equilíbrio emocional e a qualidade do sono)

. prevenir o envelhecimento cerebral (evitar perdas funcionais e de desempenho)

É um tipo de atividade física para pessoas de todas as idades e que, com poucos minutos diários de prática, é possível melhorias físicas baseadas nas ginásticas mentais. Gera bem-estar que os adeptos acreditam durar por muitas horas. Especialistas crêem na função terapêutica do método, que tem como princípio básico a estimulação dos dois hemisférios cerebrais.