Quando
o amante dele, é Ele
Todos nós já ouvimos diversas histórias sobre homens casados,
acima de qualquer suspeita, se envolverem sexualmente com outros homens. Me
deparei com esse relato (que segue abaixo) num site na internet. Leia:
"Depois de 21
anos de casada, comecei a suspeitar de que o meu marido tinha uma amante. Nos últimos
anos, além de um crescente desinteresse sexual por mim, ele deu para chegar
mais tarde, com evasivas e aquela desculpa manjadíssima de fazer hora-extra na
empresa. Nada mais óbvio para uma mulher do que estes dois sinais, combinados.
Não sei dizer há
quantos meses ou anos isto começou, pois geralmente estou ocupada também com o
meu trabalho de advogada. No princípio, eu não me alarmei com a indiferença
dele por mim, mas aos poucos a coisa foi ficando tão na cara, que eu não pude
mais me enganar: sem dúvida, ele andava apaixonado por outra, pois falava macio
ao telefone com alguém que dizia ser 'um fornecedor', e ficava horas olhando
sonhador para o nada... Além de não me procurar mais na cama há tempos, ou
quando procurava faltava 'algo'.
Embora eu tenha
tomado aquilo como uma 'fase' de nosso casamento, ficar sem saber é a pior
coisa para uma pessoa. E, por indicação de uma cliente minha, e por via das dúvidas,
contratei um detetive, com reputação de ser eficiente e discreto.
Ele trabalhou rápido,
e me deu um resultado surpreendente: em menos de uma semana, descobriu que na
verdade 'a amante' do meu marido é um homem!!! Um rapaz de 28 anos, belo corpo,
um verdadeiro deus grego, trabalhando como garoto de programa que trabalha numa
sauna gay de altíssimo nível..."
"Diante de mim,
espalhadas na mesa, estava tudo lá: fotos e mais fotos dos dois almoçando
juntos, um dando comidinha na boca do outro, e inclusive fotos clandestinamente
feitas dentro da sauna, com vários 'casais' de homens se acariciando em
cantinhos diferentes das escadinhas do lugar...
É
óbvio que fiquei chocada. Nunca tinha notado, no meu marido, qualquer trejeito
gay, qualquer atitude 'suspeita', que denunciasse uma inclinação homossexual.
Entrei em parafuso, minha cabeça ficou cheia de 'será's?', 'por quê's?' e dúvidas
mil. Ele sempre gostou muito que eu pegasse na bunda dele enquanto fazíamos
amor, mas isto todo homem gosta. Nem nunca o vi olhando pra algum homem de forma
diferente.
Comecei a pensar em
tudo isso, e quando ele chegou em casa de noite eu já tinha chegado a uma
espantosa e fria conclusão: aquilo não me incomodava, em si. Sério! Eu não
conseguia sentir raiva, ciúme, nojo ou desprezo por ele, como dizem que sentem
as mulheres que surpreendem o marido numa sauna gay. Simplesmente não
conseguia.
A idéia de que ele
tinha UM amante, e não UMA outra mulher me tirou um peso das costas. É isto:
fiquei aliviada! Concluí que não suportaria dividir meu marido com outra
mulher, competindo comigo. Mas por mais absurdo que pareça, posso dividí-lo,
sim, com outro homem! Eu o amo, e entendo o porquê do seu segredo: não é fácil
contar para a própria mulher que se sentiu atraído por outro homem!!!"
Naquela noite em que
eu descobri, me lembro muito bem, eu tinha passado a tarde toda completamente
despirocada, em choque, nem avisei à minha secretária que não voltaria para o
escritório, simplesmente fui para a casa e fiquei pensando.
Ele chegou,
verdadeiramente preocupado comigo, me perguntou onde eu tinha me metido, pois
ele me telefonara e ela disse que não me encontrava... E eu já tinha tomado a
minha decisão. E a minha decisão era: nada. Eu não ia falar nem fazer
absolutamente nada. Tudo continuaria como antes.
Ele não foi honesto
comigo, é verdade. Mas fomos sempre tão companheiros em tudo, na vida, com os
filhos, nos nossos sonhos e planos, e ele foi sempre tão bom marido... que tive
que perdoá-lo. Principalmente porque não conseguia e não consigo
verdadeiramente me incomodar com o fato de ele dar umas 'escapadas' com outro
mocinho de vez em quando. (Desde que não seja uma mocinha!!!)
É
como diz a música do Caetano: 'Não me importa com quem você se deite/ Que você
se deleite seja com quem fôr [no meu caso, desde que não seja com outra
mulher!]/ Apenas te peço que aceite o meu estranho amor!' É isto.
É
o que eu tenho para contar. Eu sei que é maluco, e que me julgarão mal, como
eu às vezes julgo os meus casos em advocacia. Mas o fato, puro e simples é
este: posso admitir que meu marido tenha suas farras com menininhos de carinha
bonita. Pois não era assim que os grandes guerreiros faziam na gloriosa Grécia
Antiga???"